quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

os perigos do endorsement

A prática de colocar figuras públicas (do desporto, do cinema, da música, da TV... de todas as áreas) a "recomendar" certas marcas de produtos de consumo tornou-se corrente nos dias de hoje.

Tão corrente quanto a sociedade dos nossos dias iconizou essas figuras públicas.

Ter alguém como Tiger Woods a recomendar a nossa marca pode ser fantástico.
É um golfista tão conhecido, tem uma imagem tão positiva, é uma referência para a juventude,... só pode trazer vendas para a nossa marca.

Claro que custa bom dinheiro (ele cobra-se bem, qualquer coisa como 70 milhões USD por ano em contratos publicitários), mas rende bem mais que isso. Por isso, as marcas o adoram (a ele e ao Cristiano Ronaldo, por exemplo).

Até que... até que a imagem da figura pública muda subitamente. Em vez do "role model", pai de familia, vencedor no seu desporto e na vida, passamos a ter o adúltero, que é agredido pela mulher e estampa o carro contra uma árvore...

Então e agora?

Ainda nos interessa ter a nossa marca associada a esta figura pública?
O que terá maiores custos?
Ser notícia por quebrar contrato com o homem (ainda por cima numa altura difícil para ele) ou deixar que a (nova) má imagem dele afecte negativamente a nossa marca?

Parece que tanto a Accenture como  a Gillete optaram pela primeira e, se calhar vão começar a avaliar melhor esta política de promoção dos seus produtos. Afinal tem perigos em que não tinham pensado...



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