quinta-feira, 21 de abril de 2011

7 Lições de último livro de Seth Godin: Poke



Poke é um livro sobre a importância da iniciativa nos dias de hoje. As palavras chave são Start e Go.

1) O autor defende a tese de que no mundo actual, ninguém lhe vai dar um mapa para o sucesso. Tem de desenhar o seu próprio. Tem de iniciar.

2) Para iniciar, é necessário capital. Que capital? Financeiro, Social (rede de contactos), Intelectual, Físico, Prestígio e Instigação.

Defende também o autor que a qualidade, exigida pelo mercado, passou de “suficiente para vender”, para “zero defeitos”, e agora “remarkable”. Já ninguém quer produtos “aceitáveis”, com poucos defeitos. Mais, já não basta o produto não ter defeitos. É preciso ser excepcional e notável.

O autor aconselha os leitores a gerirem a sua carreira, iniciando, não ficando à espera de ser escolhido (para “o tal” caro, para “o tal” projecto,…). Escolher-se a si próprio.


3) No entanto, é necessário ter noção de que nem sempre o que se inicia funciona. Por isso, há cada vez menos gente disponível para iniciar.

Por outro lado, iniciar, experimentar, é cada vez menos dispendioso. A economia de iniciar mudou. O custo de falhar é menor que o custo de não tentar.

Nota o autor, que muitos sucessos resultaram de acasos, caminhos que não estavam nos planos iniciais, erros (Starbucks). Esses sucessos só apareceram, porque os empreendedores iniciaram.

4) Não basta começar. É preciso acabar: ship!

Importa, portanto, focar no trabalho e não no medo que acarreta fazer o trabalho.

5) Como se tornar bom a iniciar? Iniciando! Mal a início e depois melhorando.

6) As organizações não incentivam ninguém a iniciar. Falhar pode ter consequências para o indivíduo (chatear, disciplinar, humilhar, despedir). Por isso, não iniciar é mais seguro. Por isso o intra empreendedorismo é baixo nas empresas actuais (como confirma a dissertação de mestrado do Steve Lopes, hoje discutida e aprovada com boa nota na U. Évora).

A altura de iniciar é agora, porque o mercado (e o marketing) está obcecado com “novidades”.

7) Por outro lado, não existe “success-only” policy. Pelo menos ninguém inventou tal coisa. Logo, é preciso correr riscos.

O livro termina com uma citação deveras interessante:

“There are two mistakes one can make along the road to truth. Not going all the way, and not starting.” Siddhartha Gautama

Em resumo: vale a pena ler!

terça-feira, 19 de abril de 2011

5 app stores, muitas oportunidades globais

As "app stores" representam uma mudança e uma oportunidade muito importantes. Veja porquê.

IOS, Android, Windows Phone 7, RIM e OVI.

Cinco "plataformas". Cinco lojas de aplicações para smartphones. A última deve fechar brevemente, à medida que a Nokia adoptar o Windows Phone 7, em detrimento do Symbian.

Estas lojas representam muito mais do que parece.

Constituem uma novidade muito importante na distribuição. Pela primeira vez, um programador pode criar um produto (uma aplicação) e disponibilizá-lo para todos e quaisquer potenciais utilizadores.

Ou seja, todos os donos de telemóveis, que funcionem com aquela plataforma, podem adquirir a aplicação, fazendo o download da mesma pela internet e o pagamento por cartão de crédito.

Portanto, o cliente pode viver na Nova Zelândia e o programador em Portugal. As distâncias são totalmente irrelevantes. É tudo imediato.

São os primeiros mercados globais, em que clientes e fornecedores estão (praticamente) em pé de igualdade, independentemente (ou quase) do país onde residem.

  Windows Phone   

Este é um passo tão importante, que já começa a ser seguido noutras paragens:
  • Para começar, a Apple abriu uma loja para aplicações para Mac;
  • A Amazon vem desenvolvendo a loja para o Kindle em moldes semelhantes: qualquer autor pode publicar na livraria (desde que em inglês, espanhol ou francês) e qualquer cliente pode adquirir esses livros, onde quer que autor e leitor vivam;
  • A Amazon também abriu a sua própria loja de aplicações para Android.
Este "novo mundo" de mercados verdadeiramente globais e muito próximos daquilo a que os economistas chamam "concorrência perfeita" (muitos e pequenos agentes, tanto do lado da oferta como do lado da procura), representa um mar de oportunidades.

As centenas de milhar de aplicações já à venda nestas lojas estão longe de esgotar o potencial destes mercados, que continuam bem "abertos".

Quem vai aproveitar?

(leia mais sobre estes novos mercados no meu novo livro: http://www.facebook.com/Comercio.Distribuicao)

sábado, 16 de abril de 2011

Call for papers - International Journal of Transitions and Innovation Systems (IJTIS)

Caríssimos, venho solicitar todo o apoio na divulgação do call for papers para um número especial do International Journal of Transitions and Innovation Systems (IJTIS), revista científica da Inderscience, para o qual fui convidado a assumir o papel de Guest Editor.

Este número especial é dedicado ao tema: “The Role of Technology Interface Structures in Technology Transfer and Regional Development”.

O prazo limite para entrega de artigos é 30 de Junho de 2011.

O call for papers pode ser consultado neste link: http://www.inderscience.com/browse/callpaper.php?callID=1557

Os potenciais autores encontram indicações sobre formatação e procedimentos neste link: http://www.inderscience.com/mapper.php?id=30

Agradeço a colaboração.

Cumprimentos.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Concurso "Ganhe 3 livros"

Chegou ao fim o passatempo iniciado em 28 de Março.

Os vencedores* foram:
1º classificado - mbeneteli
2º classificado - little_Moony
3º classificado - ndpedro

Solicita-se aos vencedores que enviem, por mensagem directa no Twitter, a morada postal onde pretendem receber os respectivos prémios.

Um grande obrigado a todos por participarem e um especial agradecimento ao Dr. Dário Rodrigues por ter contribuído com a parte mais importante dos prémios.

A todos os que não tiveram a sorte do seu lado, desta vez, fiquem atentos, pois haverá outras oportunidades.
PS: enviarei os livros o mais rápido possível, não vá o FMI lembrar-se de cortar neste tipo de prémios...



* os concorrentes foram ordenados por ordem de entrada e foram gerados 3 números aleatórios no Excel (=ALEATORIO()*(Y–X)+X)... simples e eficiente. :)

terça-feira, 5 de abril de 2011

4 efeitos da economia da abundância no marketing

Neste vídeo do TED2005, Barry Schwartz explica-nos as 4 razões porque as actuais sociedades da abundância não aumentam a felicidade dos cidadãos. A abundância de escolhas, que caracteriza essas sociedades, na realidade torna as pessoas mais insatisfeitas, porque provoca:
  1. paralisia;
  2. custo de oportunidade mais alto;
  3. expectativas mais altas;
  4. depressão por não acertar na escolha;
Vale a pena ver os 19 minutos do vídeo para perceber os argumentos:


Para o decisor de marketing este conhecimento pode ser ouro! Sobretudo se permitir criar soluções mais simples para os clientes. Veja-se o exemplo da Amazon, num post anterior.

Curiosamente, este vídeo também nos permite compreender as pessoas que persistem em afirmar que "no tempo do Salazar é que se vivia bem".

Aparentemente, este é um grande disparate. Havia menos riqueza, menos liberdade, menos acesso à saúde, à educação, ao lazer... menos tudo.
Como é possível haver tanta gente a votar no homem para "maior português de sempre"?

Simples, como diz Barry Schwartz, era tudo tão mau que qualquer coisita positiva era uma agradável surpresa.
"The secret of hapiness is low expectations"!!!

A expectativa das pessoas era viverem mal. Quando aparecia alguma coisa melhor, era uma surpresa positiva, que gerava felicidade.

As gerações actuais cresceram com a expectativa de terem uma boa (e rica) vida. Como criar surpresas positivas a esta juventude? (de facto, o que não faltam são surpresas negativas!)

Bem concluí o Barry, quando diz que, "mais escolha não significa mais felicidade".

Como acham que se dá a volta a isto?