terça-feira, 1 de novembro de 2011

o segredo da autenticidade

A ideia principal deste livro é interessante: hoje em dia, às marcas não basta ter qualidade, não basta ser melhor que os outros, é preciso ser autêntico. The real thing.

AutorJames H. Gilmore e B. Joseph Pine II
EditoraActual Editora
ColecçãoHarvard
ISBN9789898101877
Nº Páginas416



O cliente começou por comprar o que estava disponível, depois passou a comprar o menor custo, a seguir entrou na era da qualidade e agora quer o que é autêntico.
Chegámos a um estado em que é possível qualificar, alterar e comercializar a realidade, como é exemplificado pelos programa de reality TV.
Assim, o livro propõe 3 axiomas da autenticidade:
1 - Se você é autêntico, então não precisa de dizer que é autêntico;
2 - Se você diz que é autêntico, então é melhor ser mesmo autêntico;
3 - É mais fácil ser autêntico se você não disser que é autêntico.

O problema de fundo é que o cliente quer as suas necessidades satisfeitas. Isto pode ser feito com matérias primas, produtos, serviços, experiências ou transformações.

As matérias primas podem ser mais autênticas se a empresa enfatizar a sua materialidade e procurar uma certa rusticidade. alimentos biológicos
Os produtos podem ser mais autênticos se parecerem antigos, restaurando o passado: chouriços "tradicionais".
Os serviços tornam-se mais autênticos se o prestador for franco e directo, se se concentrar na singularidade do cliente e se lhe dedicar tempo: médicos.
As experiências precisam evocar um tempo, ou um lugar e precisam de ser importantes e realistas para serem autênticas: jogos de vídeo como call of duty.
Finalmente, as transformações autênticas são as que se dirijem às aspirações dos clientes e adoptam a arte ou uma causa: Cirque du Soleil.

O que interessa realmente, para o sucesso duma marca, é a percepção de autenticidade. É o cliente quem determina o que é ou não autêntico.

O livro ainda fala da nova realidade do placemaking e da importância que já assume para muitas marcas: Legoland, Apple stores, ...
Curiosa ainda a forma como um livro sobre autenticidade aborda os fenómenos das falsificações e das imitações (são diferentes), no entanto, o ponto mais importante deste livro parece-me ser este:
Os verdadeiros proprietários das marcas são os clientes, não as empresas!
Concordam?

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