quarta-feira, 29 de junho de 2011

2 factores em que a Madeira é superior a Barcelona

Qual o destino turístico mais competitivo, Barcelona ou Madeira?

Não vale dizer que não são comparáveis. Na verdade, todos os destinos são alvo de comparação na hora do cliente escolher.

Assim sendo, qual será a maior vantagem da Madeira:
  • a hotelaria?
  • o clima?
  • o mar?
  • as paisagens?



E quais as principais desvantagens?
  • menos cosmopolita?
  • menos monumentos de interesse histórico?
  • menos oferta cultural?
  • menos eventos e/ou menor aproveitamento comercial dos eventos que organiza?
Na minha opinião, a Madeira tem uma grande vantagem no nível médio das pessoas que trabalham na hotelaria, em geral (restaurantes, hotéis, locais de atracção). Em Portugal recebe-se muito bem e, na Madeira, ainda melhor.
A formação do pessoal da hotelaria Madeirense é difícil de bater e claramente superior ao de Barcelona.

A outra grande vantagem da Madeira é o bolo do caco, mas isso já é uma opinião pessoal! :)
Podia aproveitar melhor os eventos que organiza, podia tirar mais partido do mar, mas nisto de promover um produto turístico, o fundamental é o posicionamento!


A Madeira faz um bom trabalho na utilização da beleza natural no seu posicionamento. Talvez pudesse tirar mais partido da qualidade humana para esse posicionamento...

O que acham?

segunda-feira, 27 de junho de 2011

5 formas de inovação

Criar uma empresa não implica inovar, como ficou patente num post anterior.
No entanto, nos casos em que isso acontece, também é verdade que existem diversas formas de inovar.
Já foi nos anos 30 do século passado que Schumpeter explicou que inovar pode significar:
  1. lançar novos produtos (aquilo a que geralmente se chama inovar);
  2. lançar produtos existentes, em mercados onde ainda não são vendidos;
  3. lançar produtos existentes, mas feitos com novas matérias-primas;
  4. lançar produtos existentes, mas feitos com novos métodos ou novas tecnologias;
  5. reorganizar a indústria.

Ou seja, lançar um produto novo, como o leitor de mp3 era na altura, é inovar.
Mas lançar um produto já existente, usando uma nova tecnologia, como o carro eléctrico, também é inovar.
Da mesma forma que lançar um produto igual aos existentes, mas com uma nova matéria-prima, como o sumo de fruta feito de pera rocha, continua a ser inovar.
Tal como, criar um produto igual aos existentes, mas num novo mercado, como abrir um restaurante de sopa da pedra, num centro comercial onde não se vende tal coisa, não deixa de ser inovar.
E que melhor exemplo de reorganização duma indústria do que aquilo que Sonae e Jerónimo Martins fizeram na distribuição alimentar em Portugal?

O importante, para quem anda à procura da "tal ideia de negócio", para criar a sua própria empresa, é perceber que inovar não é o mesmo que inventar. Ser inovador não obriga a inventar nada, muito menos a pólvora.
Inovar passa mais vezes por dar ao cliente novas opções para satisfazer as suas necessidades, utilizando as "pólvoras" que outros inventaram. Transferir tecnologia para o mercado!

Tal como dito no post anterior, podemos escolher varias formas de inovação: invenção, inovação de mercado ou inovação de produto.
Mas também podemos escolher a estratégia da Zynga e disputar o mercado com produtos idênticos aos da concorrência. Desde que sejamos melhores... Diz-se que agora vão copiar o jogo Sims. Será que batem a EA?

E você, o que inovou hoje?

terça-feira, 7 de junho de 2011

3 lições dum livro encantador

Enchantment é o último livro de Guy Kawasaki. E é um encanto.
Lê-se lindamente, cheio de histórias que ilustram as ideias que pretende transmitir.
A tese central é simples: para vender, nos dias de hoje, é preciso encantar o cliente. É preciso ser encantador.
Claro que isso se aplica a várias situações na vida mas, especificamente para aplicação ao marketing duma marca, como se consegue ser encantador?

O livro diz-nos que, para conseguir encantar o cliente, precisamos de conseguir que ele, previamente:
  1. goste da marca;
  2. confie na marca
Guy demonstra assim a importância da primeira impressão que causamos no cliente e que isso deve ser extrapolado para a nossa marca.

Por outro lado, Guy organiza o livro em capítulos sucessivos, como se dum processo se tratasse.
Preparar, lançar, ultrapassar a resistência, fazer o encantamento durar e utilizar as tecnologias push e pull ao nosso dispor são passos para o sucesso na criação duma marca encantadora!
Tudo descrito com muito pormenor e ilustrado com histórias reais.

Finalmente, o livro apresenta um capítulo para aprender a encantar o chefe e outro sobre como resistir ao encantamento.
Um encanto de livro, que vale a pena ler.

Dele se podem retirar várias lições, mas sublinho as seguintes:
  1. O marketing actual tem de ser muito mais que publicidade;
  2. Agradar aos clientes e vender é hoje um desafio complicadíssimo;
  3. Trabalhar na Apple deve ser uma experiência de vida fantástica.