quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Vencer segundo Vaynerchuk

Gary Vaynerchuk pegou no negócio da família (uma loja de vinhos) e aumentou a facturação de 4 para 50 milhões USD em 8 anos.
Fê-lo com recurso às redes sociais online, particularmente através dum videoblogue (Wine Library TV).
Com este cartão de visita, Gary descreve neste livro a sua visão sobre o papel das redes sociais na abertura de possiblidades para o empreendedorismo.
A principal recomendação do autor passa por construir uma marca pessoal online, na área da sua paixão. Depois de construir essa marca e uma comunidade, encontrará forma de fazer dinheiro com isso.
Para o conseguir é fundamental a autenticidade da marca que vai construir.
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A parte mais interessante do livro será provavelmente aquela que conta a história de vida do autor e dos pais, emigrantes da Bielorússia nos EUA.

No restante, o livro apresenta as estratégias mais adequadas para (em 2009):
  1. criar uma marca pessoal / uma reputação online;
  2. criar uma comunidade de pessoas interessadas / atrair uma audiência;
  3. ganhar dinheiro com esta marca e esta comunidade.
Interessante para quem se interessa por estratégias de marketing online, apesar das limitações derivadas da rapídissima evolução tecnológica nesta área.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Idiotas ricos

Robert Shemin é um idiota rico.
É o próprio quem o diz, no seu livro Como é que aquele idiota é rico e eu não?
Como é Que Aquele Idiota é Rico e eu Não?
Robert defende neste livro a ideia de que quem fica rico não são os mais inteligentes, mas os mais espertos. :)
E o que é isso de ser esperto? Como é que se chega a idiota rico?
Muito simples. Shemin define 3 regras básicas:
  1. Adquirir bons activos: imóveis, acções e negócios próprios;
  2. Contrair bons passivos: aqueles que servem para comprar activos que rendem mais do que os juros;
  3. Evitar as más dívidas: aqueles que só trazem custos (empréstimos para pagar férias, carros, cartões de crédito,...).
Não se fica rico a trabalhar mais, fica-se rico conseguindo activos que trabalhem por nós... onde é que já ouvi isto antes?
Esta simples receita, estruturada num tradicional formato de auto-ajuda, faz uma leitura leve para esta altura do ano: qual o meu principal activo? Eu! O segundo principal activo? O meu tempo! Brilhante!
Nunca teria terminado a leitura deste livro de auto-ajuda se o primeiro capítulo não incluísse uma frase cativante: "os livros de auto-ajuda não funcionam"!
Claro que é impossível pensar no mau timing do autor. Fez a sua fortuna e é conhecido nos EUA primordialmente por investir no imobiliário e publicou este livro em 2008, meses antes do grande crash imobiliário...
Depois de ler e descobrir como se mete uma girafa no frigorífico, deixe aqui um comentário e diga o que concluiu da solução. (idem para os restantes testes do idiota rico: como meter um elefante no frigorífico, qual o animal que vai faltar à conferência animal e como atravessar um rio infestado de crocodilos...)

terça-feira, 13 de setembro de 2011

4 segredos para a implementação do marketing

Na sequência dos posts anteriores sobre marketing 2.0, hoje abordarei a fase de implementação.

Depois de definido o posicionamento desejado para a nossa marca, é preciso concretizá-lo, ou antes, tentar concretizá-lo.
É preciso convencer o cliente de a nossa marca é aquilo que escolhemos que ela deve ser. Se definimos que a nossa marca deve ser a mais leve do mercado, é preciso convencer os potenciais clientes de que isso é verdade.

É aqui que as coisas mais vezes correm mal, mas se tivermos feito bem o nosso trabalho de segmentação, o mercado alvo será sensível a esta imagem e escolherá a nossa marca, porque prefere as marcas mais leves.

Como convencer o cliente de que a nossa marca é aquilo que escolhemos (neste caso, a mais leve)?

São essencialmente 4 as ferramentas para convencer as pessoas.
Primeiro, ajuda se o Produto for mesmo aquilo que queremos que as pessoas pensem dele (o mais leve).
Depois, há que definir um Preço que esteja de acordo com a imagem que pretendemos para a marca (não esquecer que o preço funciona muitas vezes como indicador de qualidade). Queremos que a nossa marca seja vista como uma alternativa low cost, ou uma marca premium? Que preço deve ter o produto mais leve do mercado?
Em terceiro lugar, é importante disponibilizar o produto aos clientes em locais (distribuição) que estejam de acordo com a imagem que pretendemos para a marca. Se queremos ser uma marca premium, ou low cost, devemos escolher os pontos de venda de acordo com essa imagem. Neste caso, seria necessário colocar o produto à venda em lojas onde os clientes esperem encontrar marcas "leves".
Finalmente, é necessário dizer aos potenciais clientes que a nossa marca... é a mais leve. Ou seja, é preciso conseguir captar a atenção dessas pessoas, transmitir essa mensagem e fazer com que eles acreditem. Promoção.

A web 2.0 pode ajudar cada uma destas tradicionais variáveis do marketing mix, ou 4 Ps:
Produto - são muitas as ferramentas para envolver os potenciais clientes na configuração do produto, ou mesmo no seu desenvolvimento. Em geral, a web 2.0 (em particular as redes sociais) facilita a recolha de feedback, que pode ser importantíssimo para "afinar" o produto de acordo com as preferências do mercado.
Preço - a web 2.0 trouxe maior visibilidade para os sites de leilões, mas trouxe também o famoso modelo de negócio fremium. Em geral, as mesmas ferramentas referidas no ponto anterior, também podem ajudar a avaliar a sensibilidade ao preço do consumidor.
Distribuição - o ecommerce e, mais recentemente, o social commerce representam alternativas para chegar aos clientes, onde quer que eles se encontrem, no horário que mais lhes convém. Os modelos de negócio O2O vão mais longe, levando os potenciais clientes aos pontos de venda offline.
Promoção - a publicidade online (tanto display como ppc) nas suas diversas formas representa um peso cada vez maior dos gastos das empresas em promoção, precisamente por ajudar a ultrapassar as dificuldades que a publicidade tradicional enfrenta no mundo de hoje (excesso de mensagens, "fuga" à publicidade, falta de credibilidade da publicidade,...)

Com todos estas ferramentas, a web 2.0 é fundamental para um esforço de marketing eficaz e concertado.
Mais sugestões de ferramentas a usar na implementação da estratégia de marketing?


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O dia em que a Apple fechou a loja

Estava em obras.
Estive em NY e não pude admirar o exterior da loja da Apple, porque ... estava em obras. :(
Para além disso, pela primeira vez desde há muito tempo, a loja fechou um dia e meio. Razão? O furacão Irene e o encerramento dos transportes públicos na cidade.
Tirando esta excepção metereológica, a loja está aberta 24h/dia, 7 dias/semana, mesmo com as obras em curso.
Porquê? Perguntou o meu filho mais velho, com aquela cara que diz "sim, tu que és professor de marketing explica-me lá quem é que vai querer visitar uma loja durante a madrugada para comprar... telefones, computadores, leitores de mp3, tablets,..."

Porquê abrir 24h?
Não bastaria abrir nos horários normais?

Para lhe responder, voltei lá com ele depois da meia-noite, na véspera da chegada do furacão.
O que vimos?
Loja cheia, fila nas caixas e o mesmo frenesim que tínhamos observado antes, de gente a experimentar todos os equipamentos expostos, a navegar na net, a fazer chamadas pelo skype, a usar tudo,... e o furacão a aproximar-se!

As lojas próprias da Apple espalharam-se pelo mundo na última década (são já mais de 300), graças à acção de Ron Johnson, que entretanto dirige hoje a JCPenney (esta mudança foi mais uma prova do sucesso da rede de lojas próprias da Apple).
Esta rede tem dado um contributo importante para as vendas da marca, mas também para a sua própria imagem.
Quem visita uma loja da Apple não esquece! O serviço está pensado para combinar a tecnologia (para chamar um assistente, usa-se o iPad) com a formação dos assistentes, de forma a criar uma experiência para o visitante, que ele vai recordar.

Será por isso que estão abertos 24h? Para criar essa imagem da marca?
Ou será apenas por ser uma loja na "city that never sleeps"?
O que acham?

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Os segredos do posicionamento 2.0

Depois dos anteriores posts sobre marketing 2.0 e sobre a segmentação, na era do marketing 2.0, hoje vou abordar o posicionamento, utilizando as ferramentas da web 2.0.
O posicionamento é a imagem que a nossa marca ocupa na mente do consumidor, relativamente à concorrência.

Começo com uma distinção fundamental. A distinção entre posicionamento desejado e posicionamento real.
A empresa escolhe o posicionamento que deseja conseguir para a sua marca. O que é que pretende que os consumidores pensem (e sintam) sobre a sua marca, relativamente às marcas concorrentes.
Depois, tem de conseguir concretizar esse posicionamento, ou seja, fazer com que as pessoas realmente pensem (e sintam) dessa forma em relação à sua marca.

É aqui que normalmente "a porca torce o rabo".

É que quem faz o posicionamento são as pessoas, não as empresas.
O dono da marca, formalmente, é a empresa mas, na prática, ela pertence aos consumidores.

Na prática, nem sempre os consumidores vão fazer da marca a imagem que a empresa pretende.

Na realidade, raramente isso acontece.
Num grau maior ou menor, o posicionamento real é sempre diferente do posicionamento desejado pela empresa.
A empresa pode querer que a sua marca seja vista como "a mais azul" do mercado, mas nada garante que uma parte importante do mercado não acabe a pensar nela como "a mais leve", "a mais cara" ou "a mais snob", por exemplo.
A empresa não manda nisto, só pode tentar influenciar a imagem que as pessoas vão fazer da sua marca.

O Marketing 2.0 pode ajudar a:
  1. escolher uma imagem para a marca que agrade mesmo ao mercado alvo;
  2. transmitir a imagem escolhida ao mercado alvo seleccionado;
  3. avaliar o posicionamento real.
Entre as ferramentas da Web 2.0 que mais podem ajudar nesta tarefa estão:
- a monitorização do que as pessoas dizem da marca (através de RSS feeds, Google alerts, etc);
- online brand reputation management (ouvir, influenciar, incentivar à participação, ...);
- estudo online das preferências e problemas dos clientes, para escolher o melhor posicionamento;
- avaliação online da notoriedade e imagem reais da marca...

Na fase seguinte, depois de escolhido o posicionamento desejado, vai ser preciso concretizá-lo, implementá-lo. Assunto para outro post.

Nesta fase, lembram-se de outras ferramentas da Web 2.0 que a empresa pode usar para melhor seleccionar o posicionamento desejado para as suas marcas?

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

10 estratégias para a fortuna

O livro de Ken Fisher "O Mapa da Fortuna", parte dum princípio interessante: pega na lista das 400 pessoas mais ricas dos EUA, publicada pela revista Forbes em 2007, e analisa como esta gente toda ganhou o seu dinheiro.
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Ken Fisher fazia ele próprio parte dessa lista (271º), graças à firma de aconselhamento de investimentos que criou, a Fisher Investments.
Como resultado desta análise, Ken propõe-se resumir os caminhos (legais) para ganhar uma fortuna em 10 estratégias tipo:
  1. Criar o seu próprio negócio;
  2. Tornar-se CEO duma empresa existente;
  3. Ser o braço direito do CEO;
  4. Seguir uma carreira de desportista ou artista;
  5. Casar bem;
  6. Poupar e investir com sensatez;
  7. Tornar-se um advogado especializado em "sacar" indeminizações;
  8. Gerir o dinheiro dos outros;
  9. Inventar rendimento;
  10. Investir em imobiliário.
Ler a descrição que o autor faz de cada uma destas 10 estratégias pode ser educativo, mas não lhe recomendo que caia na asneira de comprar a versão portuguesa do livro.
A tradução é, pura e simplesmente, inaceitável. Parágrafos completos em que temos de tentar adivinhar o sentido daquilo. Os tradutores online teriam feito melhor.
Experimente a versão em inglês.
Leitura leve, própria para esta época do ano.
Depois deixe aqui um comentário com as suas impressões do livro.