segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Mestrado em Empreendedorismo na Universidade Lusíada de Lisboa

Um dos comentários ao post que fiz na semana passada sobre a busca de ideias de negócio pelos alunos da unidade curricular "empreendedorismo", levou-me a tentar juntar duas ou três ideias neste post sobre uma questão que considero ser crucial.

Dizia o comentador (que assinou "we") que "empreendedorismo não se ensina.  é um estado de alma..." e seria essa a razão para os meus alunos revelarem habitualmente dificuldade em encontrar oportunidades. Diz mesmo que "formar "empreendedores" é no mínimo deprimente. Pode-se formar gestores, empresários, marketers." Empreendedores não!


Adorei que a esta questão fosse levantada porque me parece ser particularmente importante em Portugal, nos dias que correm.
Seguindo este raciocínio, as muitas cadeiras de empreendedorismo que foram criadas nos mais diversos cursos e faculdades/escolas por esse país fora, nos últimos 10 anos, são um desperdício.
O mestrado em empreendedorismo lançado este ano na Lusíada seria igualmente uma perda de tempo.


A pessoa ou tem o tal "estado de alma" ou não tem. Ou nasce empreendedora ou não.
Uns são os "eleitos", os outros não chegam lá... (eu sei que estou a exagerar as palavras do comentador. Só um pouco...)


No entanto, várias décadas de investigação demonstram que nada distingue os empreendedores da restante população (ver uma síntese em Gartner (88) "Who is the entrepreneur?" is the wrong question. Entrepreneurship Theory and Practice, winter issue).


Se nada os distingue, se não se "nasce" empreendedor, então pode-se ensinar as pessoas a serem-no e pode-se difundir e tentar que as pessoas adiram ao tal "estado de alma", a que se costuma chamar ESPÍRITO EMPREENDEDOR (por exemplo, no livro verde da comissão europeia sobre empreendedorismo).


E afinal qual a complicação de criar novos negócios? É mais complicado do que engenharia? Mais difícil do que economia?
Não creio.


Do que tenho a certeza é que é possível ensinar as pessoas a procurarem ideias de negócio, angariarem recursos e lançarem empresas no mercado...
Não quer dizer que se possa ensinar as pessoas a serem o próximo Bill Gates, ou Belmiro de Azevedo...
Da mesma forma que se pode dar a melhor formação a um aluno de economia e isso não garante que ele vá ser um bom economista (foi essa a minha formação).
A razão é simples... talento não se ensina.
Portanto, uns alunos de economia vão ser prémios nobel, outros vão ser muito bons e outros ainda... nem por isso.
Também os alunos de empreendedorismo virão a criar novos negócios (é esse o objectivo) brilhantes, outros assim assim, outros ainda serão um desastre e alguns nem chegarão a criar qualquer nova empresa.


Gostava muito de ouvir mais opiniões sobre este tema e, para já, deixo este vídeo de promoção do mestrado em empreendedorismo da Lusíada.
A página do mestrado em empreendedorismo é no facebook. Também podem passar por lá e deixar algum feedback.







terça-feira, 15 de setembro de 2009

Oportunidades

Este mês começo mais um semestre da unidade curricular "Empreendedorismo".

Mais um grupo de finalistas de licenciaturas na área de gestão vai ser confrontado com a necessidade de "criar um negócio".
São-lhe fornecidos os melhores instrumentos para conceber o modelo de negócio, para angariar recursos, para preprar a entrada da empresa no mercado, mas tudo tem um começo atribulado: como identificar uma oportunidade de negócio?
Todos os anos sucede o mesmo, os aluno revelam uma enorme dificuldade em conceber uma oportunidade de negócio.
De ano para ano, são mais e mais os instrumentos de apoio que se podem disponiblizar a estes alunos (e que estão ao alcance de qualquer empreendedor) mas nesta área de identificar oportunidades... nem por isso.
Posso dar-lhes a ler uns sites e uns blogs que incentivam as pessoas a "explorar os seus interesses", ou a "estudar as necessidades dos seus amigos", mas nada de muito convincente.
Este ano vou lançar a esta turma o desafio de utilizarem a busca de palavras chave, através das ferramentas disponibilizadas pelo Google, para analisarem e segmentarem o mercado.
Alguém contribui com outras propostas?
Como procurar oportunidades de negócio?
Fica o desafio.

sábado, 12 de setembro de 2009

Página oficial da causa do empreendedorismo em Portugal

A causa do empreendedorismo em Portugal tem agora uma página oficial no Facebook.

Visite a Causa do Empreendedorismo em Portugal.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Porquê fazer um Plano de Negócio (2)

Na sequência de comentários recebidos, venho acrescentar ao post anterior que esta é uma vantagem de participar em concursos de projectos.

Mesmo que o concorrente não ganhe, fica com um plano de negócio feito e (talvez, depende dos concursos) recebe também análises críticas que lhe podem permitir melhorar esse PN.

Abraço.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Porquê fazer um Plano de Negócio

Why should you make a business plan, unless you want to use it to get funding?

There are plenty of other reasons. In fact, the business plan can be a very useful instrument for the entrepreneur in 3 phases:
1. opportunity assessment
2. resource gathering
3. market launching

1. opportunity assessment
Have a business idea but not sure if it is "the one"? Write down the essentials: describe the opportunity, the business model, the sales and cost projections, the investment plan... Then read it and evaluate the ups and downs of the "proto-project".

2. resource gathering
If you need to get funding, the business plan is a must, even though it is a bad sale instrument. You need other instruments to sell the project.
The business plan is essential to build your credibility and to evidence the project's strong points. It can, therefore be helpfull in gathering resources other than money, especially key people

3. market launching
The business plan can also be a big help when the startup hits the market.
First of all, if you have a business plan, you made a lot of previous preparation and planning. Therefore, you will have a better chance of succeeding.
Second, you have a plan! A strategy. So follow it.
Third, you have objectives and targets. So control them regularly and adjust your strategy accordingly.

So my opinion is clear: a business plan is a must for any entrepreneur, even if you don't need external funding.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Como traduzir em papel uma ideia de negócio para a poder apresentar a investidores e/ou consultores. http://ping.fm/EALDu

How to document a lucrative business idea?

Uma questão interessante que vi ser levantada no LinkedIn foi a de saber como traduzir em papel uma ideia de negócio para a poder apresentar a investidores e/ou consultores. Eis a minha contribuição:

I believe in developing the business idea and testing it carefully before actually presenting it to consultants or investors.
There 3 things you need to work on, before the business idea is mature enough to go to the next level:
1 - market and value
2 - startup team
3 - heart

You need to clearly state who you're going to sell to (your market) and what value you are going to offer to those people (this is the reason why people are going to buy from you and not from your competitors). It never is easy to put this in writing. Why? Because your business idea is not mature enough. Discuss it with people you trust, understand the real value you are going to give people and when you can put it in writing... you are ready.

Who will go to war with you? When you pitch your business idea to people, they will be trying to understand and evaluate it, but they will also be looking at the startup team, starting with you. So if you don't have a clear idea of who will the key players be in the new company... think again, because it's too soon to sell the business idea.

Most of all you have to be able to convince people that you 200% commmitted to this business idea and you will give what it takes to make it successful. You will have to show you have the heart to make it work.

This is my view of this.