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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O Tintin dos modelos de negócio

Este parece um livro de banda desenhada.
Não é!
É um livro de gestão, muito interessante e bem concebido.
É também muito original. Talvez demais!
Criar Modelos de Negócio Alexander Osterwalder, Yves Pigneur
Dom Quixote
ISBN 9789722044974
Nº Páginas 288


Os autores propõem uma estrutura gráfica para analisar o modelo de negócios duma empresa e assim poder mais facilmente pensar em formas de inovar nesse aspecto.
Graficamente, os autores propõem analisar 8 aspectos do modelo de negócios da sua empresa:
  • os segmentos de clientes (alvo);
  • a proposta de valor da empresa;
  • as relações com os clientes;
  • os canais;
  • os parceiros-chave;
  • as actividades-chave;
  • os recursos-chave;
  • a estrutura de custos;
  • os fluxos de rendimento.
Analisando estes elementos (uns têm mais a ver com a produção de valor e, portanto, eficácia, outros com a eficiência), podem-se tentar combinações inovadoras, para bater a concorrência.
Podem ainda definir-se alguns padrões, quando se analisam as empresas inovadoras:
1 - Desagregar negócios: negócios de relações com clientes, negócios de inovação de produtos, negócios de infra-estruturas (banca privada, telecomunicações móveis,...)
2 - Negócios de cauda longa (Lego, Youtube,...)
3 - Plataformas multilaterais (eBay, Visa, Google,...)
4 - Free (Metro, Skype,...) e Freemium;
5 - Modelos de negócio abertos (P&G, Glaxo,...);

Por tudo isto, e por parecer um livro de banda desenhada, esta é uma leitura recomendada para quem se interessa por empreendedorismo.
Deixe aqui as suas impressões sobre o livro.
Livro sobre empreendedorismo: http://www.facebook.com/Empreendedorismo
Livro sobre Distribuição: http://www.facebook.com/Comercio.Distribuicao
Site pessoal: www.fernando-gaspar.com

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Vencer segundo Vaynerchuk

Gary Vaynerchuk pegou no negócio da família (uma loja de vinhos) e aumentou a facturação de 4 para 50 milhões USD em 8 anos.
Fê-lo com recurso às redes sociais online, particularmente através dum videoblogue (Wine Library TV).
Com este cartão de visita, Gary descreve neste livro a sua visão sobre o papel das redes sociais na abertura de possiblidades para o empreendedorismo.
A principal recomendação do autor passa por construir uma marca pessoal online, na área da sua paixão. Depois de construir essa marca e uma comunidade, encontrará forma de fazer dinheiro com isso.
Para o conseguir é fundamental a autenticidade da marca que vai construir.
Product Details
A parte mais interessante do livro será provavelmente aquela que conta a história de vida do autor e dos pais, emigrantes da Bielorússia nos EUA.

No restante, o livro apresenta as estratégias mais adequadas para (em 2009):
  1. criar uma marca pessoal / uma reputação online;
  2. criar uma comunidade de pessoas interessadas / atrair uma audiência;
  3. ganhar dinheiro com esta marca e esta comunidade.
Interessante para quem se interessa por estratégias de marketing online, apesar das limitações derivadas da rapídissima evolução tecnológica nesta área.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

4 estratégias para grandes invenções

Em posts anteriores já apresentei aqui a matriz de desenvolvimento de oportunidades de negócio (abaixo) e discuti três dos seus quadrantes, a disputa de mercado e as duas formas de inovação.
Falta falar da invenção.
Como desenvolver novos produtos para vender a clientes que nada compram nesse mercado?
Como criar novos negócios, que não existam em mais parte nenhuma, para clientes que nem sabem que vão precisar deles?
Difícil, muito difícil. Mas não impossível. Que o digam a Google ou o Facebook. A Apple com o iPod, ou a Ford com o modelo T.
Podemos sistematizar 4 grandes alternativas:
  1. recombinar tecnologias
  2. segmentar
  3. transferir tecnologia
  4. reorganização mercado
O iPode representa um grande exemplo de recombinação de tecnologias previamente existentes. O que é que o primeiro iPod tinha de realmente novo? O disco rígido? O ecrán LCD? O software mp3? Os auriculares?
Nada disso era novo. Tudo existia. Foi tudo recombinado num novo produto, que satisfazia uma necessidade conhecida, melhor que os existentes (walkman, diskman,...).

Desenvolver uma oferta nova para um segmento por nós inventado, como faz a Zipcar, nos EUA, é uma forma de "inventar". O serviço da Zipcar oferece carros de aluguer aos habitantes das grandes cidades. Aluga-os à hora, com tudo incluído (até a gasolina) e oferece carros "divertidos" (descapotáveis, minis, ...). Ou seja, identificaram um novo segmento (habitantes de grandes cidades, que não têm carro) e desenvolveram um produto novo (baseado nos produtos existentes, tipo Avis, mas bem diferente) para esse grupo de pessoas.

Pegar na tecnologia desenvolvida pelos soviéticos para manter a saúde dos astronautas e oferecer um produto (placas vibratórias) para as pessoas manterem a forma física em sua casa (ou no ginásio), é um exemplo de transferência de tecnologia. Muito frequentemente, aqueles que desenvolvem novas tecnologias (os cientistas?!) estão longe, muito longe, de ter capacidade ou jeito para as comercializarem.

Finalmente, outra forma de invenção, já apontada por Schumpeter nos anos 30 do século passado, é a reorganização dum mercado. Assim ao jeito do que SONAE e Jerónimo Martins fizeram à distribuição alimentar em Portugal.

Agora que já sabe como "inventar", sente-se mais capaz de criar um novo negócio?

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

1 novo mercado, múltiplas novas oportunidades de negócio

A Apple anunciou que está quase a alcançar o primeiro milhão de Apple TVs vendidas.
Esta invasão das salas de estar vai, pelo menos é o que indicam os rumores, levar à criação duma espécie de app store para vender aplicações para a Apple TV.

Isto para uma empresa que acaba aquele que terá sido, provavelmente o seu melhor ano de sempre, em grande parte graças ao sucesso das lojas iTunes e App Store, para iPods e iPhones, respectivamente, representa uma possível nova fonte de receitas.

Note-se que essas receitas, para além de registarem um crescimento explosivo, já estão bastante diversificadas, não dependendo excessivamente do comportamento de nenhum dos produtos da empresa.



Mas para o resto do mundo, esta nova loja de aplicações para a Apple TV representa a abertura dum novo mercado. O que acontece na app store e na nova mac store pode servir de exemplo.

Qualquer um pode desenvolver aplicações para esta nova plataforma e, colocando-as à venda na loja da Apple, oferecê-la a qualquer consumidor que tenha adquirido um equipamento da Apple, neste caso uma Apple TV.

Fornecedor e consumidor podem estar em qualquer parte do mundo, talvez até em diferentes hemisférios, porque isso é irrelevante.
Com meia dúzia de cliques e um cartão de crédito, encontram-se e faz-se a transacção.

Isto sim, é um mercado global!

E vocês, estão prontos para esta nova era da distribuição?

(Novo livro a lançar no próximo mês: http://www.facebook.com/Distribuicao.Comercio)

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Dar ao cliente o que ele quer

Desenvolver ideias de negócio não significa reinventar a roda (ou a pólvora, ou qualquer dos outros clichés habituais).

Significa, isso sim, criar soluções para os problemas das pessoas.

Para todos os novos produtos existe um ciclo de adopção. Nem toda a gente começa a comprar o novo produto ao mesmo tempo.
Os inovadores e os "early adopters" são geralmente os primeiros a entrar, porque são mais fáceis de cativar, mais abertos a novidades.

O problema está em convencer as pessoas "normais", a maioria dos potenciais utilizadores.

Isso consegue-se mais facilmente quando o produto é simples, fácil de entender e de utilizar.

Este exemplo parece cumprir esses requisitos, pelo menos a avaliar pelas reacções a esta experiência.

O problema é que muitas vezes o empreendedor está tão convencido que tem um bom produto (melhor, um produto excepcional), que se esquece que é preciso explicar as suas vantagens, é preciso torná-lo simples de entender, de utilizar...


Quantas vezes já viram novos produtos que são difíceis de entender? Já entenderam para que serve o Twitter?

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

15 startups aos 25 anos?

Quem disse que era preciso muita experiência e maturidade para criar empresas de sucesso?
Este miúdo de 25 anos já criou 15 empresas, algumas das quais já chegaram às dezenas de milhões de dólares de facturação.

Joshua Kushner é outro empreendedor saído de Harvard, como Bill Gates e Mark Zuckerberg, com a diferença que acabou o curso, ao contrário dos outros dois...

Claro que o homem também é um exemplo da importância que a família pode ter para o sucesso dum empreendedor. Pai, irmão mais velho, ... é uma família de peso.

Nada disto retira mérito a quem cria um sucesso do tamanha da Vostu.

Apesar de todo este sucesso, o miúdo acha que precisa continuar a estudar e está a fazer um MBA (em Harvard, claro).

E vocês, no lugar dele ainda estariam dispostos a queimar neurónios, com estudos?

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Prémio Empreendedor de Sucesso

Num post anterior tive oportunidade de abordar as vantagens dos concursos de ideias para a promoção do empreendedorismo.

Contribuem para promover o espírito empreendedor e para melhorar as capacidades dos concorrentes, entre outros aspectos positivos.

Este prémio que hoje divulgo tem características um pouco diferentes.


O Prémio Empreendedor de Sucesso pretende "premiar" aqueles que conseguiram criar uma empresa com bons desempenhos.

Criado pela Fundação Gertúlio Vargas e patrocinado pela VISA, este prémio é mais um incentivo importante para a actividade empreendedora.

Creio que será importante sobretudo pela promoção pública daqueles que fazem bem, daqueles que conseguem resultados e não dos casos de insucesso (falências, despedimentos,...) que mais frequentemente surgem na comunicação social.

As inscrições estão abertas até 5 de Agosto.

Fico a aguardar os resultados.

E você? Já participou em algum concurso deste tipo?

Update: o prazo de inscrição foi alargado para 20 de Agosto.
Aproveite!

domingo, 20 de junho de 2010

Despedir

Os patrões portugueses querem facilidades nos despedimentos, para melhorar a competitividade das empresas portuguesas e, dessa forma, criar emprego!

Despedir para criar emprego!



São muitos os estudos demonstrando que a criação de novos empregos se faz principalmente nas novas empresas, não nas "velhas".

O normal é as empresas incumbentes despedirem pessoas quando se entra num período de crise e depois, quando surge a retoma, contratarem menos empregados do que aqueles que despediram.

Isso acontece em grande parte porque as crises obrigam as empresas a procurar formas de fazer o mesmo (ou mais) com menos gente. Melhorar a produtividade.

É até bom que assim seja. É mesmo fundamental para a competitividade das empresas.

Por isso, o que se pode fazer para fomentar o emprego é promover a criação de novas empresas, em vez de ceder a estas tentativas pacóvias de chantagem. Promover o empreendedorismo!

Como?

Sugiro três àreas principais:
  1. Reduzir barreiras à entrada
  2. Defender a concorrência
  3. Falar do tema
Em Portugal existem demasiadas barreiras à entrada. São os licenciamentos que demoram meses, as redes de distribuição que estão fechadas a novos fornecedores pelos contratos de exclusividade, a dificuldade em contratar talento (apesar da taxa de desemprego), a desigualdade no acesso financiamento,...
Em Portugal a autoridade da concorrência não protege as novas empresas dos quase monopólios existentes. E são tantos...
Falar do empreendedorismo, da criação de empresas, desdramatizar os obstáculos, celebrar os sucessos,... são coisas que fazem falta, que podem levar as pessoas a entusiasmarem-se.

Outras sugestões para promover o empreendedorismo?

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Investir em I&D não garante inovação

Gastar muito dinheiro em I&D não garante que se vão obter melhores resultados.

Não basta o dinheiro, é preciso talento.

Claro que ter dinheiro ajuda a recrutar talento, mas não resolve tudo.

Veja-se o próximo gráfico:


A Microsoft gasta muito mais dinheiro que a Apple ou a Google (seja em dólares, seja em percentagem das vendas) e, no entanto, estas conseguiram revolucionar na última década diversas indústrias (da música, às telecomunicações, à gestão da informação online,...), lançando diversos produtos revolucionários (iPod, iPhone, Google - motor de busca, Gmail, ...), enquanto a MS pouco ou nada tem para mostrar no mesmo período.

Sabendo a importância que a inovação tem para as novas empresas e para o empreendedorismo e sabendo que as startups têm menos dinheiro que as empresas incumbentes, como se pode direccionar os fundos destinados à I&D para obter os melhores resultados?

Têm sugestões?

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Nasce-se ou aprende-se a ser empreendedor?

Questão muito antiga, mas que continua a suscitar muita atenção.

As pessoas nascem com o "gene" do empreendedorismo, ou aprendem a ser empreendedores?
Trata-se duma questão particularmente importante para quem dá aulas ou formação em empreendedorismo. Afinal de contas, se as pessoas "nascem" empreendedoras, se não é possível aprender a sê-lo, como alguns ainda defendem, estamos a perder o nosso tempo, o que é grave!

Deixo-vos dois artigos profundos sobre este tema.

Um defende que as pessoas podem aprender a ser empreendedores, afirmando mesmo que ninguém "nasce" empreendedor. Ou aprende ou não!

Suporta estas opiniões num estudo próprio de mais de cinco centenas de empreendedores de sucesso e nas investigações da fundação Kauffman (que já investiu mais de US$50 milhões para estudar esta questão).
Do outro lado, temos um artigo que defende que as pessoas ou nascem com o gene do empreendedorismo, ou nunca vão ter sucesso a criar empresas e se baseia nos 25 anos de actividade dum importante gestor de capitais de risco, o Sr. Fred Wilson (o autor desse artigo, claro).

Tenho para mim como muito claro, que isto de identificar ideias de negócio, procurar os recursos para explorar essa ideia e montar uma empresa para o efeito, não é algo que o comum dos mortais não possa aprender a fazer.

Claro que uns vão ser bons, outros muito bons e só alguns vão ser Bill Gates, Belmiros Azevedos e tal... aqueles que tiverem a sorte de estar no sítio certo, na hora certa, com os olhos no mercado certo...

E depois vai haver também os que não têm jeito nenhum para a coisa.

Mas isso, há em todas as profissões.

Por exemplo, entre os economistas...

E vocês, depois de lerem os dois artigos, a que conclusão chegam?

quarta-feira, 24 de março de 2010

A App store do iPhone gera empreendedorismo

Desde que a Apple abriu a loja online de aplicações para o iPhone (app store), centenas de milhares de aplicações foram colocadas à venda por milhares de empresas (mais de 35 mil).

Este gráfico analisa essas empresas:

Fonte: CHART OF THE DAY: Look At All The Companies Starting-Up Just To Build iPhone Apps

20% das empresas com aplicações à venda para o iPhone (mais de 7 mil) foram criadas especificamente para o efeito. 19% eram empresas que já existiam e faziam jogos para outras plataformas enquanto 22% (a maior fatia) eram empresas com actividade online (google, amazon,...).

Mais uma vez se prova que sempre que surje uma alteração na estrutura do mercado (como esta loja online para utilizadores de iPhones) isso representa uma oportunidade para a criação de startups.

Milhares de pessoas viram essa oportunidade e criaram uma empresa para colocar produtos à venda na app store da Apple.

E você? Costuma aproveitar as oportunidades?

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Tecnologia e Tecnológicas

Procurar ideias de negócio leva muitas vezes as pessoas a olhar para as indústrias tecnológicas, porque é aí que surgem as grandes novidades...

E, no entanto, o sucesso está em resolver problemas às pessoas... seja em que indústria for.

Veja-se este exemplo: Greenroad.

Uma startup que quer lançar produtos na... estrada!

Isso mesmo, na estrada. O primeiro produto lançado visa "obrigar" os condutores de pesados a respeitarem sempre as regras de condução. Tão simples como isso: luz verde, luz amarela, luz vermelha.

Pormenor: a empresa de transportes cujos condutores mantêm a luz sempre verde, pode poupar até €200 por veículo por ano em combustível, e talvez mais que isso por evitar acidentes...

No fundo, esta startup dirige-se a um mercado enorme: a estrada é uma das principais causas de morte em todo o mundo e um dos principais sorvedoros de energia.

Outro pormenor, caso esteja a pensar que isto não tem pernas para andar: o israelita que criou esta startup já angariou capitais de risco de duas empresas ligadas a pessoas famosas. $40 milhões duma empresa do Richard Branson e $10 milhões duma empresa do Al Gore.

Aplicar tecnologias já existentes (GPS, Google maps,...) aos problemas das pessoas. Esta é ainda a melhor forma de criar negócios de sucesso. Sem reinventar a pólvora. Nem a roda.


Informação adicional: Techcrunch

sábado, 2 de janeiro de 2010

Empreendedorismo Social

Empreendedorismo é criação!

Acima de tudo, criação de novas empresas!
Esta é a mais importante expressão do empreendedorismo.

Mas empreendedorismo também é criação de novas actividades em empresas já existentes, ou intra-empreendedorismo.
Ou a criação de novas actividades em nome individual (ou profissionais liberais).
Criar novas actividades (empresariais ou não) no sector público também é empreendedorismo, neste caso empreendedorismo público.
Finalmente, criar novas actividades de interesse social, sem fins lucrativos, também é empreendedorismo, neste caso, empreendedorismo social.

É uma vertente do empreendedorismo cada vez mais importante, da mesma forma que a economia social assume uma importância cada vez maior na sociedade actual.
É uma forma de dar resposta a necessidades que o Estado não consegue (ou não tem vocação para) satisfazer e para as quais não existe interesse comercial (normalmente por falta de poder de compra dos potenciais utilizadores).

Falo nisto do empreendedorismo social, depois de ter visto em acção um exemplo notável.

Isto de juntar um grupo de voluntários para irem, inclusivé na véspera de Natal, às urgências dar o almoço e o jantar a doentes sem capacidade para comerem sozinhos (neste caso, a um doente que não se podia levantar, nem sequer erguer a cabeça, por ter sido sujeito a uma punção lombar) é uma iniciativa notável da Cruz Vermelha.
Alivia a pressão sobre os enfermeiros e auxiliares que trabalham nas urgências.
Dá muito conforto e ajuda mesmo quem está doente.
Não dá lucro, mas acrescenta muita utilidade pessoal a uns e utilidade social à comunidade.

O que foi preciso para criar esta actividade de economia social?
Identificar a necessidade e angariar os recursos (neste caso, humanos, isto é, voluntários).
A última fase, lançamento no mercado, é um sucesso.

Bem hajam!



quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O Sucesso das Startups: resolver problemas ou sintomas?

Socialmediatoday.com é um blog que eu acompanho com interesse e recomendo.

Recentemente publicou um post com um ponto de vista interessante: para ter verdadeiro sucesso, uma empresa deve oferecer uma solução para um problema das pessoas, não para um sintoma!

Dá alguns exemplos do que afirma.
O que compara o Messenger (que resolveu a necessidade de comunicar em tempo real com os amigos) com o Twitter (que resolveu a necessidade de comunicar em tempo real com qualquer pessoa), é muito bom para perceber esta diferença entre sintoma e problema.

Até reconhece que algumas startups que resolvem sintomas até podem ter algum sucesso, embora limitado.

O mais importante que se pode retirar deste raciocínio, na minha opinião é diferente.

De facto, uma empresa que apresenta uma nova solução para "sintomas" também podem ganhar dinheiro (a aspirina não cura nada, mas vende que se farta).
Outras empresas até podem apresentar soluções que não são novas, que são cópias, e ganhar dinheiro. O empreendedorismo imitador é muito importante para as economias e para o espalhar das inovações.

Mas as empresas que realmente modificam o mundo são aquelas que apresentam novas soluções para problemas das pessoas.

A Apple resolveu o problema das pessoas que queriam ouvir música sem terem que andar com CDs ou cassetes, ou aparelhos pesados atrás... com o ipod.

A Microsoft resolveu o problema das pessoas que precisavam usar um computador para fins pessoais ou para pequenos negócios, sem terem que adquirir as grandes e caras máquinas da época... com um sistema operativo (MS-DOS lembram-se?) que lhes permitiu usar os computadores pessoais.

A Google resolveu (ou está a resolver) o problema de toda a gente que precisava encontrar informação na web e não sabia onde ela estava... com o motor de busca.

Podemos enumerar mais exemplos, mas como encontrar a "próxima Google"?
A pista está na diferença entre problemas e sintomas.
Está, portanto, na hora de focar mais nas pessoas, nas suas necessidades e nos seus problemas.
E oferecer novas soluções!



terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Empreendedorismo: risco e recompensa

Num recente artigo, o economista chefe dum dos principais organismos dedicados ao fomento do empreendedorismo nos USA, o Office of Advocacy of the U.S. Small Business Administration, Chad Moutray, analisou os rendimentos anuais das pessoas que terminaram um curso universitário em 1993, nos estados unidos, vinte e cinco anos mais tarde, e comparou os empreendedores com os assalariados.

Os resultados podem ser analisados nesta tabela, retirada daquele artigo:



Olhando para a tabela, é fácil concluir que há muito mais empreendedores ricos (ganham mais de US$100 mil por ano) do que assalariados.

Portanto, quem quer ser rico, o melhor caminho para o conseguir não é trabalhar como assalariado para os outros (e isto é apenas uma conclusão de senso comum).

Mas, olhando melhor para a tabela, também podemos concluir que há muito mais empreendedores pobres (menos de US$20 mil) do que assalariados!

Ou seja, este é um caminho de risco! É muito mais seguro trabalhar como assalariado (mais de 80% pertencem à classe média!).

Como se diz na nossa terra, quem não arrisca não petisca!

Curiosamente, este é o slogan do programa de apoio ao empreendedorismo na Amadora:



segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Concursos de ideias

Li ontem um artigo interessante no blog TechCrunch sobre os inúmeros concursos de ideias que se tornaram habituais desde que o empreendedorismo entrou na agenda de políticos, universidades, associação empresariais, capitais de risco,...: Winner’s Curse: Why Losing A B-School Biz Plan Competition Is Better Than Winning.


Para além duma breve história da origem destes concursos, este autor, professor na prestigiada Duke University, desenvolve o talvez estranho argumento de que os mesmos não servem para criar fantásticas startups.
Procura mesmo demonstrar que isso nunca aconteceu, ou seja, nenhum destes concursos terá alguma vez dado origem a uma nova empresa de grande impacto!

No entanto, defende que os concursos de empreendedorismo são duma grande utilidade na formação dos estudantes universitários, por tudo aquilo que aprendem sobre as dificuldades de criar uma startup.

A minha própria investigação mostrou que os concursos realizados em Portugal ajudam os concorrentes a melhorar as suas capacidades para identificar oportunidades e criar novas empresas.

Parece ser portanto uma moda a que vale a pena dar continuidade.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

7 ways to impress a venture capitalist

Three experienced venture capitalists say they explore seven critical factors before making a deal with an entrepreneur. Happy customers, a seasoned team and meaningful metrics are all keys to securing investment, they note....http://r.smartbrief.com/resp/sregdbuPzstwnjfgajbTBoalgUFp?format=standard 

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Qual o seu modelo de negócio?

Fase crucial no processo de desenvolvimento de novas ideias de negócio é o desenho do modelo de negócio da futura startup. Como é que a futura empresa vai ganhar dinheiro?
Esta é uma fase que se revela difícil para os menos experientes. Já têm uma ideia do que querem fazer, mas identificar os fluxos de bens e serviços e correspondentes fluxos financeiros envolvidos nessa ideia de negócio torna-se muitas vezes difícil, mais ainda numa altura em que muitos concorrentes entram no mercado com modelos de negócio que envolvem "oferecer" algo gratuito ao mercado, para captar clientes e depois facturar com outros serviços ou bens que vendem a esses clientes.

Já me aconteceu acompanhar grupos de alunos, que trabalhavam numa ideia de negócio cujo modelo inicial se baseava em receitas de aluguer de activos, para mais tarde chegarem à conclusão que o verdadeiro potencial daquele negócio estava nas receitas de publicidade.

Este exemplo ilustra a importância duma boa análise do modelo de negócio da futura startup para o seu sucesso.
No entanto, o modelo de negócio desenhado nesta fase estará também na base do plano de investimento e do plano de financiamento da startup.

Em poucas palavras, pode-se aconselhar o empreendedor a identificar todas as possíveis fontes de receitas da actividade em que está a pensar investir. Vai abrir uma discoteca? Então, se calhar, vai cobrar entradas, vai vender bebidas no bar, é até capaz de vender alguma publicidade no interior...

A partir daqui, pode identificar os custos que terá de suportar para desenvolver estes serviços e assim completar o modelo de negócio. Fazê-lo envolve normalmente realizar escolhas estratégicas sobre o funcionamento do futuro negócio, não só do lado das receitas (que serviços cobrar, quais oferecer, se alguns, que níveis de qualidade oferecer,...), como do lado dos custos.

Para concretizar este modelo de negócios, será necessário realizar determinados investimentos, o que vai permitir que o empreendedor faça, de seguida, o seu plano de investimento e de financiamento.

Fazer um mapa de fluxos é uma técnica útil nesta fase mas, se não a dominar, a tradicional folha de cálculo, ou até a folha de papel e o lápis também podem servir.
Mãos à obra!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Mark Zuckerberg On Innovation

Entrevista muito interessante com o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, 25 anos, bilionário, empreendedor, aluno de Harvard (universidade que lhe cancelou o acesso à internet...).
Inspirador!
Mark Zuckerberg On Innovation

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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Which are the main steps to create a start-up?


Steps to create a start-up? I should start by recomending to read my book on this very issue. However, it is written in Portuguese, which very likely isn't a language you master...
So I will give you a schematic:
1) Find an opportunity
2) Gather the resources to create a company
3) Start the company and go to the market

Easier said than done, right?

Let's start with 1)
Where the heck will I find an opportunity? What is that?
Short answer: talk to people. Talk about the things you like in life ad always look for ways to make money. Imagine business models (that is rendering products or services to the market for a price and incurring in costs) for any activity related to the things you like.
Also look for innovations being brought to the market elsewhere. What are entrepreneurs doing in other areas and how could you use that in the areas you like.
Analyse and test the opportunities you develop. Make sure you turn down the (many) ones which have no viability. Do your math on income-expenses but always look for alternativa economic models, that is, how can you monetise the business in a way completely different from what is being done.

Second phase. How do you get the resources you are going to need to create your startup: money, money, money, people, technology, installations, equipment, contacts, know-how,...
Write a business plan. Write a brochure. Create an "institutional" site. Be ready to pitch your idea at any time.
Make sure you know very well what investment it's going to be necessary and then choose the best financing alternatives (look for costs and refunding periods).
Can't get the resources you need? Tried the help of business angels? More experienced entrepreneurs? It's always better to have only a part of a good business than 100% of... nothing.
Still can't get the resources? Move forward. Maybe it's not the right time to start that business. Maybe the idea is not as good as you think. Just move forward.

Third phase. Startup.
Now you've done it. Now is the time you don't sleep, you don't eat right, you only think about your business.
Starting a business is a passion.
It's also big troubles. People don't know your brand. Why should they buy from you? Make sure you give them good reasons.
Be very, very aware of cash.
Cash-flow is king in a startup. Control every penny until you can say your company is cruising...

And be happy.

PS: have you prepared your exit strategy? Make sure you do...