Falta falar da invenção.
Como desenvolver novos produtos para vender a clientes que nada compram nesse mercado?
Como criar novos negócios, que não existam em mais parte nenhuma, para clientes que nem sabem que vão precisar deles?
Difícil, muito difícil. Mas não impossível. Que o digam a Google ou o Facebook. A Apple com o iPod, ou a Ford com o modelo T.
Podemos sistematizar 4 grandes alternativas:
- recombinar tecnologias
- segmentar
- transferir tecnologia
- reorganização mercado
Nada disso era novo. Tudo existia. Foi tudo recombinado num novo produto, que satisfazia uma necessidade conhecida, melhor que os existentes (walkman, diskman,...).
Desenvolver uma oferta nova para um segmento por nós inventado, como faz a Zipcar, nos EUA, é uma forma de "inventar". O serviço da Zipcar oferece carros de aluguer aos habitantes das grandes cidades. Aluga-os à hora, com tudo incluído (até a gasolina) e oferece carros "divertidos" (descapotáveis, minis, ...). Ou seja, identificaram um novo segmento (habitantes de grandes cidades, que não têm carro) e desenvolveram um produto novo (baseado nos produtos existentes, tipo Avis, mas bem diferente) para esse grupo de pessoas.
Pegar na tecnologia desenvolvida pelos soviéticos para manter a saúde dos astronautas e oferecer um produto (placas vibratórias) para as pessoas manterem a forma física em sua casa (ou no ginásio), é um exemplo de transferência de tecnologia. Muito frequentemente, aqueles que desenvolvem novas tecnologias (os cientistas?!) estão longe, muito longe, de ter capacidade ou jeito para as comercializarem.
Finalmente, outra forma de invenção, já apontada por Schumpeter nos anos 30 do século passado, é a reorganização dum mercado. Assim ao jeito do que SONAE e Jerónimo Martins fizeram à distribuição alimentar em Portugal.
Agora que já sabe como "inventar", sente-se mais capaz de criar um novo negócio?
0 comentários:
Enviar um comentário