O objectivo sempre foi identificar a quem vamos vender. Identificar um segmento de mercado que podemos servir melhor que a concorrência e, assim, atingir os nossos objectivos (que, para as empresas, normalmente consistem em ganhar dinheiro).
Como?
Procurando subgrupos, entre os consumidores dum determinado mercado, que tenham em comum características que permitam à marca desenvolver uma oferta específica para agradar a esses consumidores. A esse segmento de mercado.
Que características? Pode ser o facto de todos morarem no mesmo bairro, e vamos abrir um restaurante nesse bairro.
Variáveis geográficas como esta são uma alternativa, mas as mais usadas sempre foram as variáveis demográficas.
O normal das marcas de consumo é desenvolverem um produto para os clientes entre os x e os y anos, outro para os clientes entre os a e os b anos, eventualmente numa versão para mulher e outra para homem. Veja-se, como exemplo, os produtos para lavar os dentes. Desde as pastas que podem ser engolidas (para as crianças mais novas) até às pastilhas para lavar dentaduras (para os mais velhos), tem todo um conjunto de produtos desenvolvidos com o mesmo fim, mas para diferentes grupos demográficos.Com a web 2.0, as marcas podem fazer muito melhor que isto.
Podem, porque os consumidores se agrupam eles próprios por preferências e gostos.
São os gostos individuais que levam à construção de comunidades online.
Seja à volta de blogues, de páginas no Facebook, de contas no Twitter, as pessoas que gostam de hipismo vão frequentar os mesmo sítios, partilhar o mesmo tipo de conteúdo (sobre hipismo), criar e divulgar o mesmo tipo de eventos, ...
Segmentar, nos dias da web 2.0, significa procurar a sua "tribo" (seguindo a terminologia de Seth Godin). Procurar online as tribos que partilham determinados interessses. E desenvolver a melhor oferta para essas tribos!
Claro que para procurar essas tribos, é necessário saber "ouvir", saber monitorar a web.
Para esse fim, diga-se a título de curiosidade, a utilização da tecnologia "RSS feed", pode permitir monitorar a net, sem perder horas a fio e de forma sistemática.
Voltando à segmentação, fazê-lo com base nos gostos e preferências das pessoas em vez de segmentar com base nas características demográficas, geográficas ou psicográficas das pessoas é um avanço muito grande para as marcas.
Aquelas que o souberem fazer, poderão desenvolver produtos e serviços muito mais adaptados aos potenciais clientes e, portanto, com muito maior probabilidade de sucesso.
A sua marca está preparada para usar a web 2.0 e identificar as suas tribos?
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