Poke é um livro sobre a importância da iniciativa nos dias de hoje. As palavras chave são Start e Go.
1) O autor defende a tese de que no mundo actual, ninguém lhe vai dar um mapa para o sucesso. Tem de desenhar o seu próprio. Tem de iniciar.
2) Para iniciar, é necessário capital. Que capital? Financeiro, Social (rede de contactos), Intelectual, Físico, Prestígio e Instigação.
Defende também o autor que a qualidade, exigida pelo mercado, passou de “suficiente para vender”, para “zero defeitos”, e agora “remarkable”. Já ninguém quer produtos “aceitáveis”, com poucos defeitos. Mais, já não basta o produto não ter defeitos. É preciso ser excepcional e notável.
O autor aconselha os leitores a gerirem a sua carreira, iniciando, não ficando à espera de ser escolhido (para “o tal” caro, para “o tal” projecto,…). Escolher-se a si próprio.
3) No entanto, é necessário ter noção de que nem sempre o que se inicia funciona. Por isso, há cada vez menos gente disponível para iniciar.
Por outro lado, iniciar, experimentar, é cada vez menos dispendioso. A economia de iniciar mudou. O custo de falhar é menor que o custo de não tentar.
Nota o autor, que muitos sucessos resultaram de acasos, caminhos que não estavam nos planos iniciais, erros (Starbucks). Esses sucessos só apareceram, porque os empreendedores iniciaram.
4) Não basta começar. É preciso acabar: ship!
Importa, portanto, focar no trabalho e não no medo que acarreta fazer o trabalho.
5) Como se tornar bom a iniciar? Iniciando! Mal a início e depois melhorando.
6) As organizações não incentivam ninguém a iniciar. Falhar pode ter consequências para o indivíduo (chatear, disciplinar, humilhar, despedir). Por isso, não iniciar é mais seguro. Por isso o intra empreendedorismo é baixo nas empresas actuais (como confirma a dissertação de mestrado do Steve Lopes, hoje discutida e aprovada com boa nota na U. Évora).
A altura de iniciar é agora, porque o mercado (e o marketing) está obcecado com “novidades”.
7) Por outro lado, não existe “success-only” policy. Pelo menos ninguém inventou tal coisa. Logo, é preciso correr riscos.
O livro termina com uma citação deveras interessante:
“There are two mistakes one can make along the road to truth. Not going all the way, and not starting.” Siddhartha Gautama
Em resumo: vale a pena ler!
Em resumo: vale a pena ler!