segunda-feira, 14 de março de 2011

a morte da indústria da música

As vendas de discos, cds, cassetes e música online constituem aquilo a que se chama a "indústria da música gravada".

É uma indústria global, que movimenta muito dinheiro e muita gente, de músicos, a técnicos, a gestores, a comerciantes,...

Bom, mas a verdade é que a vida dessa indústria está realmente difícil, como se pode ver no próximo gráfico.



As vendas em 2009 desceram abaixo dos níveis de 1970. Na verdade, foram pouco mais de metade dos valores de 1970 e pouco mais de um terço do máximo histórico.

Na base desta quebra está a revolução provocada pelo mp3, pelo Naster e pela divulgação gratuita (legal e não legal) da música online.

O negócio deixou de ser "vender discos", fazendo uns concertos para os promover.
O negócio da música passou a ser "vender concertos ao vivo", fazendo uns discos (e uns video clips) para os promover.

Quem ficou a perder foi a indústria da música gravada. Ficaram a ganhar os promotores de espectáculos ao vivo.

Fica a lição: ninguém tem necessidade de produtos. As pessoas têm necessidades e escolhem determinado produto (CDs) para as satisfazer, mas só até surgir uma alternativa melhor.
Portanto, todas as "indústrias" são efémeras e só sobrevivem as empresas que focam nas necessidades que satisfazem e não nos produtos que vendem.

Ou seja, no marketing, a miopia mata!

Concordam?

Mais sobre miopia de marketing no capítulo 2 do livro sobre comércio e distribuição: http://www.bubok.pt/libro/detalles/2737

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